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OPERAÇÃO TOLERÂNCIA ZERO: OITO PESSOAS SÃO PRESAS EM FLAGRANTE POR GOLPE DO FALSO FINANCIAMENTO E SEIS EMPRESAS SAO INTERDITADAS

Aparecida Notícias

A Polícia Civil de Goiás, por meio do 5° Distrito Policial de Aparecida de Goiânia - 2ª DRP, em ação conjunta com a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás - Procon, desencadeou, na terça-feira (30), a Operação Tolerância Zero, a qual resultou na autuação e interdição de seis empresas e na prisão em flagrante de oito pessoas (gerentes e representantes das pessoas jurídicas).


Entenda o caso:


Os estabelecimentos funcionavam no mesmo prédio, localizado na Av. Rio Verde, em frente a um shopping de grande porte, em Aparecida de Goiânia e operavam o que ficou conhecido como “golpe do falso financiamento”.


Todas as empresas funcionavam em salas distribuídas em quatro andares, do mesmo prédio. Durante a ação de fiscalização administrativa do Procon Goiás identificou-se que os clientes eram atraídos por anúncios de venda de automóveis e imóveis em redes sociais e plataforma de marketplace e induzidos a darem um valor de uma suposta entrada para adquirir o bem. Não era deixado claro ao cliente que o contrato, na verdade, era para aquisição de uma cota de consórcio.


Por não passar informações claras aos clientes sobre os serviços oferecidos e sobre a natureza da operação financeira, além de atuar por meio de propaganda enganosa, as empresas foram interditadas e autuadas pelo Procon Goiás. A PCGO recolheu documentos para seguir com a investigação criminal.


Durante a operação, os agentes se depararam com um consumidor que havia dado R$ 14 mil acreditando ser a entrada para compra de uma casa que tinha o valor total de R$ 280 mil. Segundo ele, o restante do valor seria parcelado. Mas depois de assinar o contrato, não foi cumprido o acordo de entrega das chaves da casa em poucos dias. O consumidor relatou que o contato com os vendedores foi se tornando muito difícil e só depois de alguns dias descobriu que o contrato era relativo a consórcio.


Também havia outro consumidor que estava prestes a repassar para uma das empresas R$ 4 mil como suposta entrada de um carro no valor de R$ 80 mil. De acordo com ele, foi prometido que o restante seria financiado e que o veículo estaria disponível no mesmo dia. Os agentes do Procon e da PCGO impediram que ele fechasse o negócio.


Ao todo foram conduzidas 24 pessoas para o 5º DP/2ª DRP e, após análise dos elementos informativos, foi realizada a prisão em flagrante de oito investigados, homens e mulheres de idades variadas, que exerciam as funções de supervisão e representação (proprietários) das pessoas jurídicas envolvidas.


Os presos foram autuados em flagrante delito pelo cometimento de crime contra as relações de consumo, propaganda enganosa, publicidade abusiva, promoção de publicidade prejudicial ao consumidor e associação criminosa.

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